A pandemia de covid-19 forçou muitas pessoas a se reinventarem para gerar renda e pagar as contas. Com um cenário incerto economicamente e com as normas de isolamento, muita gente buscou no mundo digital uma forma de sobreviver. Uma prática que ganhou espaço e muitos adeptos é a venda de conteúdos adultos na internet através de plataformas de comercialização e também pelas redes sociais. Na região, inúmeras mulheres estão faturando alto com esse tipo de conteúdo.
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O OnlyFans foi lançado em 2016 como um site para personalidades da mídia social, permitindo que seus seguidores se inscrevam por uma taxa mensal para ver videoclipes e fotos. No entanto, a plataforma ganhou popularidade com a venda de conteúdos eróticos e também pornográficos, produzidos de forma caseira. Atualmente, é a principal página de “comercialização de nudes” do mundo.
Com uma rápida pesquisa na internet, você encontra dezenas de plataformas com a mesma finalidade, como o Privacy e outras, e também encontra mulheres, homens, casais e até mesmo trisais que ganham a vida vendendo fotos e vídeos do próprio corpo.
É uma prática que vem ganhando cada vez mais adeptos. Normalmente, esses sites de venda de conteúdo têm um sistema de trabalho quase anônimo para quem produz conteúdo. Modelos que trabalham com esse serviço utilizam as redes sociais para angariar novos clientes, além das mais variadas formas de divulgação.
Mas quanto ganha uma pessoa que vende conteúdos de entretenimento adulto na internet? O TNOnline procurou por algumas modelos que trabalham com a venda de conteúdos e que vivem em Apucarana e Arapongas. Não é todo mundo que aceita falar abertamente sobre o assunto.
Uma jovem de 26 anos que mora em Apucarana, mas prefere não se identificar, contou à reportagem que atualmente vem ganhando a vida com a venda de conteúdo na plataforma Privacy e também pelas redes sociais.
“Eu vendo conteúdos pelo Privacy por ser uma plataforma fácil de se trabalhar, mas também vendo pelas redes sociais, principalmente pelo WhatsApp e pelo Telegram para quem não tem conta na plataforma”, conta.
A modelo alternativa, que é estudante universitária, relata que não era consumidora desse tipo de conteúdo e começou a empreender nessa área por necessidade. “Tudo começou quando eu tive que parar o meu trabalho por conta da faculdade, eu escolhi para ter um ganho e conseguir pagar minhas contas, pois não moro mais com meus pais”, diz.
Ela conta que possui uma tabela de preços e que o valor médio da assinatura do seu serviço é de R$50, mas sempre faz promoções para ganhar novos seguidores. “No fim do mês tenho um bom lucro, isso varia de um mês para o outro. Geralmente, a minha tabela de valores é variada, pois volta e meia abro alguma promoção para atrair mais clientes”, afirma a modelo.
Atualmente, a jovem conta que chega a ganhar R$ 3 mil por mês com a venda de conteúdos. Ela conta que, basicamente, os assinantes do seu serviço são homens de perfis variados. “Mulheres até agora não vi nenhuma, mas homens têm bastante, tanto solteiros quanto casados”, frisa.
A apucaranense faz questão de deixar uma mensagem para as pessoas que enxergam a venda de conteúdos como algo imoral. "Peço que não julguem os criadores de conteúdo, pois ninguém sabe a realidade do outro, muitas pessoas estão nessa por questão de necessidade, até como tem pessoas que trocam fotos de graça, então cada um é cada um, julguem menos as pessoas, esse é um pedido de alguém que sabe bem do que está falando."
GANHANDO DINHEIRO COM APOIO DO NAMORADO
Outra jovem, natural de Arapongas, mas vivendo em Londrina atualmente, também relata sua experiência ao TNonline. Ela já atua com a venda de conteúdo há mais de três anos e garante que fatura alto. "Eu comecei na pandemia, pois eu vi muita gente começando e eu sempre gostei de fazer fotos sensuais", diz.
A vida pessoal da jovem também é esclarecida. Ela conta que sua família tem conhecimento do seu trabalho como modelo alternativa e que seu noivo, além de tudo, apoia seu trabalho.
"Atualmente, estou noiva, mas namorei por 10 anos. Meu noivo é fotógrafo e ele me apoia e me ajuda muito no meu trabalho. Minha família sabe, minha mãe me apoia, meus pai e meu irmão eu não faço ideia do que acham, mas isso não me impede de continuar trabalhando", salienta.
Atualmente, a principal plataforma que a modelo trabalha é o Onlyfans, além de ter um grupo Vip no Telegram. O faturamento, segundo a jovem, tem valido a pena.
"A minha média de faturamento, hoje, é entre R$ 6 mil a 8 mil por mês. Mas não é tão fácil como as pessoas pensam, não é só tirar um nudes e vender", comenta.
Ela conta que a rotina é bastante puxada atualmente, já que também atende conteúdos por demanda personalizada, inclusive, faz acompanhamento psicológico por conta desse trabalho.
"Comecei a ter sessão com psicólogo quando comecei a trabalhar com conteúdo. Não é fácil lidar com o público desse trabalho, tem as vantagens, sim, mas também tem muita dor de cabeça, não é para qualquer um. O psicológico tem que estar forte para receber críticas, xingamentos, olhares, pois vão te tratar como um objeto", conta.
Quanto à rotina, a modelo afirma que começa o seu dia cuidando do que garante o seu ganha pão. "A minha rotina é auto cuidado pela manhã, faço academia, skin care e até relaxar pela manhã. De tarde começo a trabalhar, faço fotos e vídeos personalizados, gravo para TikTok e Instagram e respondo as mensagens dos meus assinantes e seguidores. Já de noite, eu fico conversando com meu noivo e meus amigos, jogo alguns jogos ou saio com as amigas", diz.
Quanto à parte negativa, ela conta que o que mais a desagrada são as pessoas inconvenientes, "O que eu menos gosto são as pessoas inconvenientes e o ódio gratuito que recebo por conta do meu trabalho", frisa.
No entanto, ela também afirma que já viveu ótimas experiências e já conheceu muita gente boa através do seu trabalho. "Conheci muito cliente atencioso e carinhoso, conquistei muitas coisas, vi quem são meus amigos de verdade. Também evoluí muito como pessoa e sou muito feliz com meu trabalho", finaliza.
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