Moradora replanta árvore histórica de Apucarana e comemora primeiros brotos
Falsa-seringueira que caiu de frente ao Cemitério Cristo Rei foi replantada em um sítio na região do Barreiro

Quatro meses após ser replantada em um sítio na região do Barreiro, em Apucarana, a árvore que caiu em frente ao Cemitério Cristo Rei no dia 10 de dezembro de 2024 começou a brotar. A planta da espécie Ficus elastica, conhecida como falsa-seringueira, foi resgatada pela moradora Josilene Bertolin Irmer, do Núcleo Habitacional Parigot de Souza, e batizada de “Esperança”.
Josilene decidiu levar a árvore para sua propriedade dois dias após a queda. A atitude surgiu da ligação afetiva que ela tem com a árvore. “Cresci brincando nela e meus filhos também. Quando soube que ela caiu, fiquei muito triste e decidi replantá-la”, conta.
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A operação para o replantio envolveu dois guindastes, caminhão e escavadeira. “Nem pensei nos custos, só queria tentar salvá-la. Meu marido me apoiou totalmente, mesmo assustado com a complexidade da logística”, lembra Josilene, bem-humorada.
Para garantir a sobrevivência da árvore, foi montado um sistema de irrigação por gotejamento que funciona 24 horas, além do uso de adubos e produtos contra fungos. “Cercamos o local para proteger e, claro, colocamos tudo nas mãos de Deus”, disse emocionada.
Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a falsa-seringueira pertence ao gênero das figueiras e costuma atingir grande porte. O exemplar, que agora começa a soltar os primeiros brotos, faz parte da memória afetiva de muitos moradores da região.
Josilene guarda até hoje uma foto dos filhos pequenos brincando ao lado da árvore — imagem registrada há mais de oito anos. “Hoje minha filha está na faculdade e meu filho no ensino médio. Saber que a Esperança está viva é como reviver uma parte linda da nossa história”, afirma com orgulho.
Para ela, o gesto pode parecer impulsivo, mas foi guiado por amor e cuidado. “Seria apenas mais uma árvore descartada ou transformada em pó de serra. Agora, ela tem uma nova chance. ”
Por Lis Kato









