Lucas Leugi protocola denúncia contra Aserfa no MP de Apucarana
Vereador aponta suposta cobrança indevida para uso de capelas mortuárias; entenda
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O vereador Lucas Leugi (PSD) protocolou, nesta sexta-feira (7), denúncia junto à 4ª Promotoria de Justiça de Apucarana contra a Autarquia de Serviços Funerários de Apucarana (Aserfa). O parlamentar acusa a gestão da autarquia de praticar supostas cobranças indevidas e discriminatórias pelo uso da capela mortuária municipal. A denúncia foi antecipada nesta quinta-feira (6) pelo TNOnline.
-LEIA MAIS: Vereador denuncia suposta cobrança irregular da Aserfa
Segundo a denúncia, a Aserfa estaria cobrando a taxa de locação do espaço apenas de famílias de falecidos que têm seguro de vida, uma prática que o vereador classifica como "ilegal e contrária ao princípio da isonomia".
O vereador usa como base na denúncia apresentada ao Ministério Público (MP) o decreto municipal nº 555/2023, que entrou em vigor em 14 de agosto de 2023. Esta nova legislação, segundo Lucas Leugi, alterou a tabela de preços públicos da Aserfa e revogou expressamente o decreto anterior (nº 610/2016), que previa a cobrança da locação da capela mortuária para planos de assistência funerária particulares.
No entanto, o vereador alega que, mesmo após a nova regra, a autarquia manteve a cobrança, mas de forma seletiva.
De acordo com o texto da denúncia, a Aserfa"mantém a cobrança da locação da capela mortuária apenas nos casos em que o falecido possuía seguro de vida, deixando de cobrar quando o serviço é solicitado por particulares sem plano e também quando o falecido era assistido por plano de assistência funerária".
Leugi argumenta no documento que a prática é "manifestamente irregular", pois não haveria nenhuma lei ou regulamento que autorize essa diferenciação baseada na existência de um seguro. Para o parlamentar, a cobrança viola os princípios constitucionais da isonomia (igualdade, art. 5º da CF) e da impessoalidade e moralidade (art. 37 da CF).
A denúncia classifica a suposta cobrança como um possível ato de improbidade administrativa, por implicar em exigência indevida de valores.
O vereador também pede medida cautelar de busca e apreensão, alegando ter informações de que os documentos essenciais para comprovar as cobranças indevidas — como recibos, ordens de serviço e registros contábeis — estariam armazenados de forma precária. Segundo Leugi, essa situação representa um "risco real de extravio ou destruição das provas".
Ao TNOnline, o vereador afirmou na quinta-feira que a Aserfa também estaria cobrando a locação de capela mortuárias para moradores da cidade, o que também seria irregular. Ele apresentou dois orçamentos de moradores que viviam e trabalhavam na cidade, mas que tiveram que pagar para velar seus entes nas capelas do município.
Outro lado
Em entrevista ao TNOnline também na quinta-feira, o diretor-presidente da Aserfa, José Airton Deco de Araújo, negou qualquer irregularidade e disse que as denúncias do vereador serão investigadas internamente.
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