Greve dos correios atinge 90% de adesão em Apucarana e Arapongas
Categoria protesta contra reajuste desigual de salários e mudanças no plano de saúde; presidente do sindicato pede apoio da população
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As agências e centros de distribuição dos Correios em Apucarana e Arapongas aderiram à greve deflagrada na noite de terça-feira (16). Segundo balanço do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (Sintcom-PR), cerca de 90% do efetivo nessas duas cidades cruzou os braços, o que deve gerar impacto imediato na rotina da população local com atrasos na entrega de correspondências e encomendas.
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A paralisação, que é por tempo indeterminado, reflete um descontentamento da categoria. Elisabete Ortiz, presidente do Sintcom-PR, destaca que a mobilização local é uma resposta direta a cinco meses de negociações travadas e à precarização das condições de trabalho.
Para os moradores de Apucarana e Arapongas, a greve deve resultar em atendimento restrito e possíveis fechamentos temporários de unidades.
"No caso de Apucarana e Arapongas, registramos até 90% de adesão. Isso traz como consequência um atraso nas entregas para a população, pois os trabalhadores estão parados", explicou a presidente.
Entre os principais motivos do protesto está a desigualdade salarial. A categoria denuncia que a diretoria da estatal recebeu um aumento de 14% no primeiro semestre de 2025, enquanto os trabalhadores da base que operam a logística na contabilizam perdas inflacionárias e a ameaça de corte no vale-alimentação natalino, um benefício histórico de 40 anos.
O movimento na região também se posiciona contra as alterações no plano de saúde da categoria, que transfeririam maiores custos aos funcionários.
"O culpado de tudo isso não é o trabalhador. É o projeto de sucateamento que visa o lucro acima da vida", reforçou Ortiz, pedindo a compreensão dos moradores de Apucarana e região. "Nós brigamos pela nossa dignidade, mas também pela manutenção de um serviço que chega a todos os lugares."
Ainda não há previsão para a normalização dos serviços na região. O sindicato aguarda uma contraproposta da direção nacional dos Correios para avaliar os rumos do movimento.
Ouça o áudio completo da Elisabete Ortiz, presidente do Sintcom-PR
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