Geração de empregos na construção civil mais que triplica em Apucarana

O número de postos de trabalho com carteira assinada gerados pela construção civil mais que triplicou em Apucarana (PR) neste ano. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que, de janeiro a setembro deste ano, foram 279 novas vagas criadas pelo setor, 298% maior que os 70 postos de trabalho criados no mesmo período do ano passado.

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A maior parte dos empregos se concentra na construção de edifícios, responsável por 225 das vagas geradas no município. Na sequência, vem o setor de serviços especializados que incorporou 70 trabalhadores no mercado formal. Em contrapartida, as áreas de obras de infraestrutura perderam vagas.

Relatório divulgado pela Secretaria Municipal de Obras mostra que, em sete meses, foram liberados 155 novos imóveis com o habite-se, além de 90 novas obras aprovadas para construção. Os números podem ter sofrido alterações, pois o relatório abrange o período de janeiro a julho.

"Esse desempenho reforça que o município tem se tornado cada vez mais atrativo para novas empresas que acreditam no nosso potencial e reconhecem Apucarana como um polo estratégico de desenvolvimento. Tudo isso é fruto de planejamento, de políticas assertivas e do comprometimento da gestão do prefeito Rodolfo Mota, que tem colocado a geração de emprego e renda como uma das prioridades do governo", avalia o secretário de Indústria, Comércio, Serviços e Emprego Emerson Toledo.

Levantamento da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) reafirma o momento de expansão do setor no norte do Paraná. De acordo com dados da RAIS de 2024, 3,7 mil estabelecimentos industriais no setor de construção em Apucarana e Londrina, o que representa 14% do total de empresas do ramo no estado. Além disso, a região norte emprega quase 22 mil trabalhadores, respondendo por 12% do total de vagas do segmento no Paraná.

No estado, a construção civil e pesada emprega mais de 183 mil trabalhadores formais em 26 mil empresas, sendo responsável por 16,5% dos postos de trabalho industriais. De janeiro a setembro deste ano, o setor abriu 10,1 mil novas vagas de emprego, segundo mostra o Caged, confirmando sua capacidade de reagir às oscilações econômicas. Em 2022, representou 13,4% do PIB Industrial do Paraná, consolidando-se como um dos segmentos mais dinâmicos da economia estadual.

A vice-presidente da Fiep e presidente do Sinduscon Norte, Célia Catussi, destaca que Londrina vem se consolidando como um dos polos de maior dinamismo do setor. “O Norte do Paraná vivencia um momento de forte expansão na construção. Londrina, em especial, consolida-se como polo de inovação e referência em qualidade no setor, registrando em 2024 um volume geral de vendas superior a 3 bilhões de reais”, garante.

Ela destaca ainda que o desenvolvimento da região está amparado em dois eixos: melhoria da infraestrutura regional e a valorização da formação e qualificação profissional. “São desafios que exigem esforços conjuntos entre o poder público, o setor produtivo e as entidades representativas, com o objetivo de garantir o desenvolvimento contínuo e sustentável da indústria da construção no Norte do Paraná”, completa.

A Rota Estratégica da Indústria da Construção 2040, conduzida pela Fiep, traça diretrizes para o futuro do setor com foco em produtividade, sustentabilidade e inovação. A iniciativa busca conectar empresas, universidades e governos, ampliando a capacidade de inovação e tornando a construção um vetor de desenvolvimento regional em todo o Paraná.