Foto por Divulgação
A I Feira de Marcas Próprias do Vestuário de Apucarana, que aconteceu de 10 a 13 de abril, na Acea, recebeu 15.197 visitantes. O evento, organizado pela Acia foi uma solicitação de indústrias associadas.
O presidente da entidade, Elio Pinto, explica que a Associação tem que atender todos os setores. “Nosso quadro associativo é composto por 36% de empresas do varejo, 32% da indústria e 32% dos serviços, por isso, atendemos a todos. E a proposta da feira de valorizar as marcas é muito importante, porque fortalece toda a cadeia produtiva, uma vez que envolve tanto a indústria quanto o setor de serviços”, diz Elio.
Outro detalhe a destacar, é que a Acia ajudou na organização, mas os custos do projeto foram pagos pelos próprios empresários. “Entramos com nosso know how junto com os parceiros: Sebrae, Sicoob e Perferro. Todas as despesas da feira foram pagas pelos empresários através da aquisição dos estandes”, frisa Elio.
O empresário Alex Ataide, da Rhino Size, participou da feira divulgando sua marca. “A feira foi importante para apresentar nossos produtos para o público da região. A aceitação foi muito positiva para nossa marca. De forma geral, este evento é um diferencial para mostrar que Apucarana não é pirataria, mas sim uma capital de confecções de marca própria”, diz Alex.
A Zeebee, é uma marca que existe há 4 anos e está em franca expansão. “Hoje temos projetos de franquias em andamento, loja virtual e estamos em constante crescimento. Foi na Festoque de 2023, no entanto, que nossa marca deu um boom, ficamos conhecidos tanto na cidade quanto na região”, diz o empresário Mateus de Osti Almeida.
O empresário ressalta que a ideia da feira partiu de um grupo de 8 marcas, inclusive a dele. “Procuramos a Acia e propusemos a ideia, porque sabemos que a feira só de marcas próprias pode ajudar outras empresas, assim como aconteceu com a gente. Além disto, atrai os olhares das pessoas de que Apucarana é uma cidade que produz moda, valorizando assim a nossa cidade”, diz Mateus.
O empresário da Banks, Maycon Gabriel, avalia a feira como positiva. “Gostamos do público, principalmente da região. Atendi clientes de Cambé e do Vale do Ivaí, por exemplo. Isso é muito bacana para a marca. Estive no grupo que procurou a Acia e sei que este evento foi um passo importante para as Marcas locais”, diz Maycon.
Impacto futuro
O presidente do Conselho Deliberativo, Wanderlei Faganello, diz que estudos do SEBRAE indicam quando consumidores adquirem produtos de marcas locais, aproximadamente 68% do valor gasto permanece na economia local, comparado a apenas 43% quando compram de grandes redes ou marcas externas. “Outro exemplo, é Santa Cruz do Capibaribe - PE, que se transformou no segundo maior polo têxtil do Brasil após investir em eventos semelhantes, com impacto atual estimado em R$ 680 milhões anuais na economia local”, diz Faganello.
O conselheiro ainda diz que municípios com programas semelhantes registram aumento médio de 8,4% na arrecadação de ISS no período de 12 meses após eventos parecidos. “O fortalecimento da identidade produtiva local, como a Feira de Marcas, cria um patrimônio intangível que beneficia toda a economia. A reputação gera fluxo contínuo de visitantes, atrai investimentos e valoriza todos os negócios associados à cidade”, frisa Faganello.
Pesquisa com o consumidor
A Acia ainda fez uma pesquisa com os consumidores: 73% dos visitantes eram de Apucarana e o restante de cidades da região; 68,3% avaliaram como satisfatória a qualidade dos produtos e 26,8% totalmente satisfatória; 70,7% disseram que este modelo de feira valorizou as empresas que fabricam moda em Apucarana e 19,5% que foi excelente, porque mostrou um outro lado do município; 46,3% avaliaram que os preços estavam baixos, 29,3% na média e 7,3% não acharam os preços baixos; sobre a praça de alimentação, 56,1% disseram que tinha muitas opções, 24,4% ficaram satisfeitos e 9,8% que faltaram opções.
Uma segunda edição para 2026 será discutida e avaliada. “Vamos fazer um balanço. Conversar com a nossa diretoria e com as marcas sobre talvez fazer algumas mudanças”, conclui o presidente do Conselho Deliberativo, Wanderlei Faganello.
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