O ex-servidor comissionado da Prefeitura de Apucarana, Rogério Aparecido de Almeida, apresentou à Justiça Eleitoral pedido de desistência de Ação de Investigação Judicial Eleitoral contra a chapa do Podemos que concorreu às eleições para Câmara em 2024 e também contra o candidato Lucas Leugi (PSD) e o deputado federal licenciado Beto Preto (PSD). No pedido formalizado na 28ª Zona Eleitoral, ele também solicitou a revogação de procuração dos seus advogados no processo.
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Na ação protocolada inicialmente, o ex-servidor afirmou que a chapa do Podemos incorreu na prática de fraude à cota de gênero e, por isso, pediu a cassação do registro e a inelegibilidade dos candidatos. A ação teve como base a candidatura de Jéssica Belini, que fez apenas um voto na disputa pelo Legislativo.
Nesse ponto, a ação apresentada repete a mesma denúncia feita em outro processo pela Federação Brasil da Esperança (PT/PC do B/PV) e pelo candidato médico Odarlone Santos de Souza Orente. A ação do PT já foi julgada e considerada procedente pelo juiz Rogério Tragibo de Campos. Na sentença, o juiz anulou os votos do Podemos e, com isso, o petista assumiria a vaga do eleito Luiz Vilas Boas (PDT). No entanto, houve recurso e o processo segue tramitando em instâncias superiores.
Rogério Aparecido de Almeida também pediu na ação a inelegibilidade de Lucas Leugi e de Beto Preto, afirmando que os dois teriam, supostamente, incentivado a formação da chapa de vereadores do Podemos e seriam responsáveis pela fraude.
No pedido de desistência, o ex-funcionário da Prefeitura, que trabalhava como motorista junto ao gabinete, disse que concluiu, após analisar os fatos e as provas, "que não há elementos suficientes para sustentar a procedência da ação”.
Com o pedido de desistência e de revogação da procuração dos seus advogados no processo, a ação deve ser extinta. No entanto, o ex-servidor apresentou a solicitação por conta própria e o juiz apontou a necessidade do autor da ação apresentar novamente o pedido de desistência com a constituição de novo advogado. O magistrado deu prazo de dois dias para que ele atenda a solicitação, válido a partir desta terça-feira (22), “ sob pena de extinção do processo sem a resolução do mérito”.
O ex-servidor Rogério Aparecido de Almeida foi procurado pela reportagem, mas preferiu não se manifestar.
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