Duas escolas particulares de Apucarana se uniram para realizar uma ação solidária voltada às vítimas em situação de vulnerabilidade atendidas pelo Instituto Médico Legal (IML) da cidade. As doações resultaram na montagem de 40 cestas básicas, entregues a famílias atendidas pela unidade, que também presta assistência a vítimas de agressões físicas e sexuais. (Veja a entrevista abaixo).
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A iniciativa começou no ano passado com o Colégio Evolução, durante uma gincana escolar. Neste ano, o Colégio Canadá também se somou à campanha. “Tudo começou em 2023, quando o Colégio Evolução entrou em contato oferecendo os alimentos arrecadados em uma prova esportiva. Aceitamos a doação e montamos cestas básicas para repassar às vítimas atendidas aqui no IML”, explicou o chefe adjunto da Polícia Científica de Apucarana, Áureo Francisco Silva Filho.
A mobilização ganhou força e outras instituições de ensino demonstraram interesse em contribuir. “Hoje mesmo recebi uma ligação do Colégio Glorinha, de Apucarana, querendo doar roupas. Isso mostra que o projeto está sensibilizando outras pessoas e escolas para também fazerem sua parte”, disse.
As doações são destinadas a pessoas em situação de extrema vulnerabilidade, especialmente mulheres e crianças vítimas de violência. “Muita gente pensa que o IML serve apenas para fazer exames ou recolher corpos, mas nosso trabalho vai além. Aqui também acolhemos e buscamos oferecer um atendimento digno e humano às vítimas”, destacou Áureo.
Um dos pilares desse trabalho é o “Cantinho da Criança”, criado em 2013 para acolher menores vítimas de abuso sexual. O espaço, pioneiro no Paraná, foi idealizado pelos próprios funcionários do IML. “Não havia um local adequado para as crianças aguardarem o atendimento. Muitas vezes, elas se deparavam com o agressor no mesmo ambiente. Pensamos em uma sala mais acolhedora, com brinquedos e roupas. Desde então, todos os funcionários — do zelador ao médico legista — colaboram para manter esse espaço”, afirmou.
Áureo ressaltou a importância da união de esforços para que o projeto continue. “É um esforço pessoal de cada servidor. Esse ‘cantinho’ não existe em todos os IMLs. Ele foi criado aqui, com muito carinho, justamente para garantir o mínimo de dignidade às vítimas que chegam até nós”.
A entrega das cestas básicas tem feito a diferença na vida de quem enfrenta situações traumáticas. “Este ano conseguimos montar 40 cestas básicas, que já estão sendo distribuídas para famílias que atendemos. Muitas chegam aqui sem ter sequer o que comer. A cesta ajuda a começar de novo”, disse.
O chefe adjunto também destaca a sensibilidade das crianças e adolescentes envolvidos nas arrecadações. “É emocionante ver meninos e meninas de 10, 12 anos engajados em algo tão importante. Eles entenderam o real valor de uma cesta básica, de um gesto solidário. Isso é muito significativo”.
Para quem deseja contribuir, o convite está feito: “Quem quiser ajudar, pode vir até o IML. A gente pede que venha conhecer o Cantinho da Criança, ver com os próprios olhos o que é feito aqui. Só assim é possível entender a dimensão desse projeto”.
Veja a entrevista:
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