Entenda a operação contra empresas de confecções em Apucarana
Grupo empresarial é suspeito de articular um complexo esquema de fraude em importações, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro
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A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal deflagraram nesta terça-feira (02) a Operação Head Cap, que mira um grupo empresarial de Apucarana suspeito de articular um complexo esquema de fraude em importações, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos na cidade no início da manhã.
-LEIA MAIS: PF faz operação contra fraude em importações e lavagem de dinheiro em Apucarana
1 - Ocultação do "sujeito passivo"
As investigações apontam que empresas de Apucarana utilizavam os serviços de uma importadora localizada em Itajaí (SC) para ocultar os reais compradores das mercadorias estrangeiras. Segundo a PF, o esquema consistia na "ocultação do sujeito passivo": a empresa catarinense realizava os trâmites aduaneiros como se os produtos fossem seus, mas as mercadorias nunca passavam pelo seu estoque.
2- Fraude no pagamento de impostos
Na prática, os produtos eram enviados diretamente aos beneficiários no Paraná. Essa manobra servia para fraudar o pagamento de impostos devidos e blindar o patrimônio ilícito das empresas reais, utilizando-se de documentos ideologicamente falsos nas Declarações de Importação (DI).
3 - Multas de R$ 2 milhões
A Receita Federal analisou 13 Declarações de Importação ligadas ao grupo, identificando irregularidades que já resultaram no lançamento de uma multa no valor de R$ 2.150.809,77. As autoridades suspeitam que a fraude tenha sido utilizada não apenas para sonegação fiscal, mas também como mecanismo para lavagem de dinheiro.
4 - Bonés e confecções
A operação foi batizada de "Head Cap" em referência ao tipo de material importado e ao produto final comercializado pelo grupo investigado — o termo em inglês alude a bonés e artigos de vestuário para a cabeça, setor forte na indústria de Apucarana.
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