Em busca de uma vida melhor: venezuelanos aumentam na região
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Um levantamento da Caritas Diocesana de Apucarana, de 2020, apontou que até abril deste ano foram acompanhados quase 60 venezuelanos que vivem em Apucarana, Arapongas e Cambira. Muitos mudaram-se para a região em busca de oportunidades de trabalho para uma vida melhor.
Uma venezuelana de 25 anos, está entre os imigrantes que chegaram recentemente. A jovem, que não autorizou a divulgação de seu nome, está em Apucarana desde 23 de fevereiro, e veio para se juntar a mãe e as quatro irmãs que já vivem na cidade há dois anos. O pai dela já faleceu. A moça que já domina muito bem o idioma português, afirma que a principal dificuldade é encontrar um emprego. Atualmente a família vive somente com a renda de uma das irmãs, de 18 anos, que trabalha como costureira.
Segundo ela, a mãe, de 53 anos, e uma outra irmã, de 21, foram desligadas de seus empregos. “Minha mãe trabalhava como limpeza em uma empresa e foi dispensada após pegar Covid e minha irmã auxiliar de controle de qualidade foi demitida por corte de gastos”, informa.
Antes de se mudar para o Brasil a jovem cursava o segundo ano de engenharia química. Ela também cursou gastronomia dentre outros cursos de culinária. Porém, mesmo com estas qualificações, ainda não foi contratada.
“Está difícil encontrar emprego. Acho que o fato de ser estrangeira não ajuda”, comenta.
Sua última entrevista de emprego foi em um grande supermercado da cidade. Mas até o momento não recebeu resposta. Enquanto isso a família conta com ajuda da Caritas para conseguir passar por esse momento difícil.
Pandemia e fechamento de fronteiras complicam situação de imigrantes
A assistente social Erika Leonel Ferreira, informa que a Caritas acompanha um total de 265 estrangeiros. A maior parte são haitianos (206), mas ela afirma que o número de venezuelanos está aumentando.
Segundo ela, os imigrantes da Venezuela que chegaram em Apucarana durante ainda dependem de autorização e que a falta de documentação acaba fragilizando ainda mais a situação deles.“Antes da pandemia, muitos venezuelanos entraram em nosso país pedindo refúgio devido à gravidade da violação dos direitos humanos na Venezuela. Com a questão da pandemia no ano passado, fecharam as fronteiras e os imigrantes que entraram sem passar pela Polícia Federal estão chegaram sem documentos”, comenta.Segundo Érika, uma nota técnica da Defensoria Pública, autoriza empresas a registrarem imigrantes preliminarmente, ou com documentos vencidos. “Se alguém tiver com documento vencido tem até setembro para se regularizar, devido a pandemia. O nosso trabalho está sendo esse, encaminhamento e orientação de trabalho”, afirma.
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