Cratera em rua preocupa moradores do Núcleo João Paulo em Apucarana
Buraco na Rua Rio dos Patos aumentou após chuvas; prefeitura promete recuperação, mas serviços ainda não foram realizados
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Moradores da Rua Rio dos Patos, no Núcleo Habitacional João Paulo, em Apucarana, estão preocupados com uma cratera que se abriu no asfalto e vem aumentando de tamanho nos últimos dias. O buraco surgiu poucas semanas após o término de obras realizadas pela Copel na região.
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A Prefeitura de Apucarana interditou a via de forma preventiva, já que o trecho fica próximo ao Serviço de Saúde Ambiental da Sanepar. No entanto, os moradores relatam que nenhum serviço foi realizado há pelo menos cinco dias úteis, e que o problema piorou após as chuvas recentes.
Na manhã desta quarta-feira (12), o Corpo de Bombeiros precisou ser acionado para resgatar um cachorro que caiu na cratera e não conseguiu sair sozinho.
“O local está muito perigoso, passa criança por ali. Colocaram só uma árvore e alguns cones, e deixaram do jeito que estava”, contou um morador.
Além do risco de acidentes, os moradores reclamam que o bloqueio da via tem causado transtornos no trânsito, especialmente no horário de pico.
“Todos do João Paulo têm que dar a volta por cima. Isso faz o trajeto demorar até 30 minutos a mais”, disse outro morador.
O secretário municipal de Obras, engenheiro Mateus Franciscon Fernandes, explicou que o problema foi causado por um processo de erosão subterrânea decorrente da deterioração de uma antiga tubulação metálica.
“Há a passagem de um córrego no local. O tubo por onde a água escoa é antigo e feito de material metálico. Ele se corroeu na parte inferior, permitindo que a água passasse pela terra, o que acabou provocando a erosão. Por ser um problema no subsolo, ele só é percebido quando o asfalto cede”, detalhou o secretário.
Segundo Fernandes, o trecho está totalmente interditado com cavaletes, cones e placas de sinalização. No entanto, ele afirmou que alguns moradores têm removido as barreiras para tentar passar de moto — o que representa um grande risco.
“É perigoso porque o solo pode ceder totalmente. Além disso, alguns cavaletes e cones foram furtados. Eu não posso ser negligente, já que medimos a cratera na sexta-feira e ela tinha sete metros de profundidade e cinco de largura. A população precisa entender que é uma obra complexa e burocrática. Não posso simplesmente jogar terra em cima. É preciso um projeto de engenharia, e isso já está sendo feito”, afirmou.
O secretário também informou que toda a tubulação será substituída e que a prefeitura está levantando orçamentos para o início dos trabalhos.
“Hoje estaremos no local com a equipe do Esporte para instalar um gradil de proteção em torno da cratera, que aumentou por conta das fortes chuvas dos últimos dias. Mas é essencial que as pessoas respeitem a interdição e não passem por ali”, reforçou.
Por fim, Fernandes esclareceu que o problema não tem relação com as obras realizadas pela Copel, mas sim com o desgaste natural do material utilizado na galeria de águas pluviais, que já apresentava erosão há algum tempo.
“A Copel não tem relação com esse caso. O que ocorreu é resultado do tempo e da deterioração do tubo que passa por baixo da via”, completou.
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