Com o dinheiro bastante caro, por estar escasso, o consumidor precisa exercitar todo o conhecimento para garantir suas economias. E precisa economizar muito. Mas em Apucarana, só não vale economizar sola de sapato. É que é preciso andar muito para fazer uma boa economia na hora de comprar produtos da cesta básica.
Isso é o que mostra a pesquisa mensal de preços de cesta básica realizada pelo curso de Ciências Econômicas do campus local da Universidade do Estado do Paraná (Unespar). A pesquisa, que avalia os seis principais mercados da cidade, mostra que os preços de alguns produtos da cesta básica podem variar mais de 100% entre os mercados. Ou seja, consumidor mal informado ou com preguiça de andar, pode acabar pagando mais do que o dobro do preço por um mesmo produto.
Se considerar os 56 produtos da pesquisa e os preços praticados nas seis lojas supermercadistas de Apucarana, o consumidor mais desavisado pode gastar R$ 157,10 a mais, considerando os preços mais altos praticados na cidade. A cesta mais barata – considerando os preços mais baixos praticados nos seis mercados – sai a R$ 484,74. A mesma cesta, com os mesmos produtos e das mesmas marcas, pode sair a R$ 614,84, considerando os preços mais salgados encontrados nos supermercados.
A pesquisa, que é realizada por intermédio de uma equipe voluntária de alunos do curso, dentro de um projeto de extensão da universidade, e coordenada pelo professor Acir Bacõn, também avalia, periodicamente, as variações de preços dos combustíveis praticados nos 26 postos que operam na cidade. Em ambos os casos, os consumidores podem obter a íntegra das pesquisas junto ao Procon da cidade, por email: [email protected].
O levantamento de preços relativos a maio de 2022 foi feito no último dia 28 e considera 56 produtos que compõem a cesta básica, comercializados nas seis lojas supermercadistas locais. A pesquisa considera os preços mínimos e os preços máximos de cada produto nos mercados.
O preço médio da cesta básica de produtos considerados na pesquisa, subiu, entre novembro de 2021 e maio de 2022, nada menos do que 16,43%. O preço médio da cesta era de R$ 489,38 e agora está em R$ 569,80.
Conforme relatório da pesquisa, que a universidade envia para o Procon, um dos destaques na comparação entre preços máximos e mínimos desse mês foi o creme dental de uma determinada marca, na embalagem de 90 gramas, que teve uma variação de 120,1% entre o mercado mais caro e o mais barato para esse item. No mais barato, o produto pode ser comprado a R$ 2,59 e, na loja com maior preço, o mesmo produto estava disponível a R$ 5,70.
Comprar um simples pacote de sal refinado também exige atenção. A diferença de preços na cidade, conforme a pesquisa, chega a 113,2 por cento. O produto era vendido a R$ 1,29 no mercado mais barato e a R$ 2,75 no mais caro. A água sanitária também tem variação de preços acima dos 100%. Pode ser encontrada a R$ 1,98 e a R$ 4,14, uma variação de 109,6%.
Confira a pesquisa:
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