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Construção civil acelera e dobra geração de vagas em Apucarana

Segundo o Caged, entre janeiro e outubro deste ano, o município criou 257 novas vagas de trabalho, mais que o dobro do registrado no ano passado

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Construção civil acelera e dobra geração de vagas em Apucarana
Autor Apesar dos bons números, o crescimento acelerado esbarra em um desafio: a escassez de mão de obra qualificada - Foto: Reprodução

O setor da construção civil em Apucarana (PR) vive um momento de forte aquecimento e projeta um cenário de crescimento contínuo para 2026. Dados recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelam que, entre janeiro e outubro deste ano, o município criou 257 novas vagas de trabalho no segmento. O número representa mais que o dobro do saldo registrado no mesmo período do ano passado, quando foram abertos 102 postos.

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Atualmente, Apucarana conta com um estoque de 1.534 trabalhadores com carteira assinada na construção civil, um salto significativo em relação aos 1.341 registrados no ano anterior. O otimismo é impulsionado por uma combinação de facilidade no acesso ao crédito federal e à desburocratização de processos municipais.

Para o mercado, os números refletem uma demanda real. Samuel Mariano, diretor da construtora Bilfor Empreendimentos, avaliou que o município vive um ciclo de crescimento, com procura por bons projetos. "Com certeza haverá um aumento da quantidade de obras e, consequentemente, de vagas criadas, devido aos lançamentos realizados em 2025. Para o ano que vem, projetamos novamente crescimento, dando sequência ao que vem acontecendo nos últimos anos", afirmou Samuel.

O empresário destacou ainda uma mudança no comportamento do consumidor. Devido ao atual patamar da taxa de juros no país, houve um aumento na busca por imóveis na planta, modalidade que favorece a compra planejada. Embora a procura por imóveis populares seja sempre maior, por serem acessíveis a uma parcela maior da população, Samuel notou um aquecimento significativo também na venda de imóveis de médio e alto padrão.

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Digitalização dos processos

Segundo o secretário de Obras de Apucarana, Mateus Franciscon Fernandes, o volume de aprovação de projetos por parte da Prefeitura Municipal se manteve alto em 2025, com um pico de demanda em dezembro, movimento natural de quem busca iniciar obras logo no início do ano seguinte.

Um fator que auxiliou a agilidade do setor foi a possibilidade de submeter os processos de forma digital. "Hoje, a aprovação é 100% digital, o que facilita a vida do profissional e fomenta os investidores de fora, já que não é preciso ir fisicamente à prefeitura", explicou o secretário. Mesmo com a alta demanda, o prazo médio de aprovação gira em torno de 20 dias, abaixo do limite legal de 30 dias.

Mateus também atribuiu o aquecimento à facilitação do acesso ao crédito por parte do Governo Federal, por meio de bancos como a Caixa Econômica e o Banco do Brasil, além da ampliação das faixas do programa Minha Casa, Minha Vida.

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Falta de mão de obra

Apesar dos bons números, o crescimento acelerado esbarra em um desafio: a escassez de mão de obra qualificada. "Infelizmente, não temos a oferta de mão de obra que tínhamos há 10 ou 15 anos. Isso tem sido a maior dificuldade dos investidores", apontou o secretário de Obras. Para contornar a situação, empresas têm buscado tecnologias construtivas que agilizam processos e recrutado trabalhadores de outras regiões e até de outros países, como Venezuela e Haiti.

Samuel confirmou a dificuldade, mas reforçou que o setor tem se adaptado. "Temos contornado [a escassez] com a importação de mão de obra de outras cidades e com programas de desenvolvimento de novos talentos", concluiu o diretor da Bilfor.

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