Câmara pressiona secretário de agricultura para abandonar o cargo
João Carmo da Fonseca compareceu de forma voluntária a uma reunião na Câmara Municipal para falar sobre a denúncia de assédio sexual

A Câmara Municipal de Vereadores de Apucarana (PR) espera que o secretário municipal de Agricultura, João Carmo da Fonseca, decida, até esta sexta-feira (31), se permanece na função ou se pede afastamento enquanto responde administrativamente a acusação de assédio sexual. O limite foi comentado durante reunião realizada na tarde desta quarta-feira (29), onde Fonseca apresentou sua defesa.
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Segundo o presidente da Câmara, Danylo Acioli (MDB), o secretário compareceu voluntariamente à Câmara para dar a sua versão sobre os fatos. Acioli informou que, ao final da conversa, os vereadores apresentaram dois caminhos ao secretário: ou ele permanece no cargo, sendo que neste caso será oficialmente convocado para depor em sessão, onde a suposta vítima também terá o direito de falar, ou ele se afasta da função enquanto responde ao processo, o que o presidente considera a melhor opção. "Nós entendemos que inclusive é legítimo e é o melhor caminho, que ele não responda no cargo de secretário. Acredito que já há alguma conversa, tratativa nesse sentido com o prefeito também, até para que a suposta vítima tenha mais tranquilidade em ficar lá na secretaria de Agricultura", declarou Acioli. A reunião aconteceu antes do início da sessão desta quarta-feira que votaria o requerimento pedindo a convocação do secretário.
Além disso, o presidente da Câmara foi enfático sobre a posição da Casa: " Nós não vamos deixar que nenhum vereador seja calado sobre esse assunto e que nesse momento, o caminho que nós temos e mostramos a ele, é que ele pode seguir ou ele pode sair do cargo e responder fora do cargo. São esses dois caminhos", disse.
ENTENDA
O caso veio à tona após o vereador Lucas Leugi (PSD) levar ao conhecimento do plenário o "suposto caso de assédio" envolvendo o secretário. Na reunião desta quarta, Acioli relatou que Fonseca defendeu sua inocência. "No primeiro momento, ele fala que ele é inocente, ele defende a inocência dele, ele é muito firme em falar que é inocente, que ele não cometeu nada", afirmou.
Apesar da defesa, Acioli reforçou que a pressão para uma solução será mantida e que, caso o secretário decida pela permanência, será cobrado publicamente. "Caso ele permaneça, ele deve comparecer na Câmara nos próximos dias que nós convocaremos ele", finalizou.
