A operação de bate-grade na Cadeia Pública de Apucarana (antigo Minipresídio de Apucarana). na manhã desta segunda-feira (23) por agentes do Setor de Operações Especiais (SOE) e do Departamento de Polícia Penal do Paraná (Depen) gerou polêmica entre mulheres e familiares de alguns detentos da unidade. Veja o vídeo no final do texto
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A ação faz parte da Operação Cidade Segura, conduzida pela coordenação regional de Londrina e realizada ao longo deste mês em diversas unidades prisionais da região.
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Segundo algumas mulheres que entraram em contato com a reportagem do TNOnline, foram jogados fora diversos materiais de uso dos presos, como roupas, colchões e cobertores.
"Eu sou irmã de um detento e sozinha me viro para comprar o que posso para levar para ele lá e a SOE vem fazer esses bate grade e eles jogam tudo fora. Acho desnecessário jogar manta, roupas e tudo mais fora e deixar eles lá sem nada e ainda mais com esse frio", afirma uma das mulheres.
Outra mostrou preocupação devido ao tempo frio, afirmando que o bnate-grade retirou agasalhos e cobertores do local "Queria pedir uma ajuda porque amanhã é o dia mais frio", disse.
"Não é o dinheiro deles que está comprando isso. É da família, tanto que meu irmão sempre trabalhou registrado e tem um filho de 11 anos, mas a ex mulher dele não conseguiu auxílio reclusão", desabafa uma das moradoras que entrou em contato com a reportagem.
Depen jogou fora materiais inservíveis, segundo diretor da cadeia
"Operações como esta são consideradas de rotina e têm o objetivo de reforçar a segurança interna, identificar objetos ilícitos e prevenir incidentes dentro das unidades prisionais”. Explicou o chefe da Cadeia Pública de Apucarana Alexandre Vieira de Camargo.
Camargo também explicou à reportagem que os materiais mencionados e mostrados nas imagens eram todos inservíveis ou proibidos de serem mantidos dentro da unidade carcerária.
"Os cobertores que foram jogados ou eram proibidos de entrar, estavam rasgados, ou estavam amarrados quando pegamos. Os colchões também, todos os que retiramos estavam rasgados", disse.
Roupas femininas e potes
O diretor também pontuou que foi retirada uma grande quantidade de roupas femininas de dentro da cadeia pública. Algo que também é proibido de permanecer lá dentro.
"Tinham muitas roupas femininas, o que não é permitido. São roupas que acreditamos terem sido deixadas pelas visitas, mas que poderiam ser usadas para fins, como por exemplo, de tentativa de fuga", destacou.
Muitos potes também foram recolhidos durante a operação "Retiramos mais de 100 potes lá de dentro, o que são itens proibidos de ficar dentro da cadeia", disse.
Camargo pontuou que nenhum detento deve ficar sem roupa de frio, sem cobertor ou sem colchão.
"O próprio Depen tem cobertores e agasalhos para fornecer. Temos um grande estoque, o que significa que ninguém vai passar frio lá dentro. O mesmo com as camisetas, que devem ser obrigatoriamente brancas", finaliza.
Vídeo
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