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Apucaranense preso na Tailândia testa positivo para Covid

O apucaranense segue isolado e os advogados não conseguiram marcar uma videochamada com ele

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Apucaranense preso na Tailândia testa positivo para Covid
AutorFoto: Arquivo Pessoal

O advogado criminalista Petrônio Cardoso confirmou na manhã desta segunda-feira (7), que Jordi Vilsinski Beffa, de 24 anos, preso com cocaína na Tailândia, testou positivo para Covid-19 e segue isolado. Hoje, era a data para a defesa entrar em contato com a embaixada do outro país para agendar uma videochamada com o morador de Apucarana.

"Ele positivou para Covid-19, vai seguir em isolamento até dia 10/03. Agora temos que aguardar até o próximo dia 10 para agendar a videochamada, pelo que entendemos eles fazem o teste para tirar a pessoa do isolamento, mas ele testou positivo. A embaixada pediu um relatório sobre a saúde dele e estamos aguardando", explicou o advogado.

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Beffa está preso na província de Samut Pakan. O país vive a quinta onda da doença e adotou medidas relativas aos detentos, proibindo qualquer tipo de contato no período de 20 dias.

O apucaranense e mais dois brasileiros foram presos no dia 15 de fevereiro. Aos pais, ele disse que iria para a praia, porém, foi detido na Tailândia com 6,5 quilos de cocaína ao desembarcar no Aeroporto de Bangkok.

Apucaranense foi cooptado pelo tráfico, afirmam advogados

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O advogado criminalista Petrônio Cardoso, que atua na defesa do apucaranense, encaminhou documentação à embaixada brasileira na capital tailandesa com certidões negativas do jovem a fim de comprovar que Beffa não possui antecedentes criminais.

"Jordi não é um traficante, não ostenta riqueza, não tem carro. Ele levava uma vida regrada em Apucarana, estava trabalhando de forma registrada na indústria de confecção de máscaras e era um bom funcionário. Infelizmente acabou sendo cooptado pelo tráfico de drogas para trabalhar de 'mula', e acabou sendo preso do outro lado do mundo", disse o advogado no dia 25/10.

Cardoso acredita que o jovem tenha sido atraído por meio das redes sociais e provavelmente tenha se iludido com a promessa de viajar para um país paradisíaco e ganhar dinheiro fácil. “As pessoas vão se aproximando, vendendo ilusão, se encontrando em festas, bares, formatando dentro da cabeça a ideia de visitar o paraíso, no caso a Tailândia. A cidade onde fica o presídio onde Beffa está preso é maravilhosa, paradisíaca. Infelizmente ele está dentro de um presídio, mas era para passear, conhecer a cidade e ganhar um dinheiro fácil, enriquecer, mas não é essa a realidade do tráfico”, assinalou.

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O advogado disse que reconhece que o jovem errou e que deve pagar pelos seus atos, no entanto, por ser réu primário, merece uma pena justa. Cardoso conta com o auxílio do advogado Matheus Machado que foi responsável pelos primeiros contatos com a embaixada e que agora tenta acionar advogados tailandeses, uma vez que a legislação daquele país exige que a defesa seja feita exclusivamente por advogados de lá. "Embora exista toda a dificuldade do idioma, estamos buscando a melhor defesa possível para o Jordi", afirmou Machado.

"É humanamente impossível os pais dele pagarem os custos processuais. A família mora em uma casa simples, o pai é porteiro a mãe é aposentada e juntos ganham dois salários mínimos. Nós aceitamos esse encargo de tentar apresentar a melhor defesa possível e Estamos em contato com universidades e os advogados sem fronteiras para encontrar um defensor público que dê a ele o sagrado direito de defesa”, complementou Petrônio.

PENAS RÍGIDAS

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O advogado Matheus Machado confirma que a Tailândia possui penas rígidas contra o tráfico de drogas, mas explica que a legislação varia de acordo com o tipo e a quantidade de entorpecente. A lei tailandesa prevê penas que variam de 5 a 20 anos de prisão, prisão perpétua e até pena de morte para pessoas flagradas com drogas, dependendo o tipo e a quantidade do entorpecente. "Realmente existe pena de morte e prisão perpétua na Tailândia, todavia, o tráfico de cocaína se enquadra no tipo dois. Como Jordi não é traficante, ele foi usado para transportar a droga, há possibilidade de minorar a situação”, afirma Machado.

Segundo ele, o objetivo da defesa é provar à Justiça tailandesa que o jovem foi usado por criminosos, para que ele seja liberado e possa responder em liberdade aqui no Brasil.

Beffa está preso na província de Samut Pakan e ficará em isolamento até 7 de março, por conta das medidas preventivas contra a Covid. De acordo com os advogados, o país vive a quinta onda da doença e adotou medidas relativas aos detentos, proibindo qualquer tipo de contato no período de 20 dias. "A Tailândia é um país muito fechado, com a sexta maior população carcerária do mundo. São mais de 360 mil pessoas presas, 70% ligadas ao tráfico de drogas”, informou Petrônio.

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