Apucarana negocia antiga sede da Conab com a União
Barracão do IBC na saída para Curitiba está abandonado desde 2019

Em estado de abandono desde 2019, quando a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) fechou sua unidade em Apucarana, o prédio do extinto Instituto Brasileiro do Café (IBC), situado nas proximidades do Núcleo Habitacional Adriano Correia, na saída para Curitiba, virou alvo de furto e vandalismo (veja fotos abaixo). Com várias partes da estrutura levadas – incluindo o telhado – o local vem sendo negociado pela Prefeitura para nova destinação. A ideia é implantar um espaço de incentivo à industrialização e um almoxarifado.
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O espaço tem aproximadamente 100 mil metros quadrados e pertence à União. À reportagem, o prefeito Rodolfo Mota revelou que a administração está em estado avançado de negociação dos termos e deve receber o imóvel através de uma cessão por 20 anos. “Estamos pedindo uma carência para que possamos elaborar os projetos de recomposição daquele espaço”, explicou o prefeito.
A extensa área do antigo IBC foi utilizada pela última vez abrigando uma unidade armazenadora da Conab, porém, foi deixada pela companhia em 2019, quando, na época, decidiu desligar cerca de 27 unidades pelo País. Desde então, a área foi abandonada e virou ruína.
Além barracão principal, o complexo é formado por outros blocos estruturais que se encontram em avançado estado de deterioração. O abandono é visível nas fachadas com vidros quebrados e nas telhas arrancadas, que indicam furtos e a entrada facilitada de vândalos, e expõem as estruturas internas ao tempo. A área externa guarda ainda carcaças de dois ônibus destruídos.
Na semana passada, inclusive, uma pessoa chegou a ser presa suspeita de furtar peças da estrutura do telhado do prédio. O prefeito Rodolfo Mota afirmou que o município tem feito um trabalho de policiamento com intuito de evitar novos crimes. “Nossa Guarda Civil Municipal tem feito um trabalho de acompanhamento, investigação e policiamento ostensivo lá, inclusive nos períodos da madrugada”, disse.
“Inicialmente essa minuta que estamos elaborando vai prever uma carência de dois anos para que possamos fazer um projeto e captar recursos. Estamos estimando que, para qualquer que seja o uso daquele espaço, nós precisaríamos de cerca de R$ 20 mil para recompor todo o acesso, questões de cercas, muros, calçadas, pavimento, telhado, prevenção de incêndio, preservação de água, tratamento de esgoto. É uma super obra, então precisamos de tempo para fazer um projeto”, completou Rodolfo.
Apesar do projeto atual focar na logística e industrialização, esta não é a primeira vez que o futuro do complexo é debatido na cidade. Na gestão anterior, chegou a ser cogitada a implementação de um parque tecnológico no local.