Crianças e adolescentes, vítimas de crimes sexuais e outras formas de violência, terão um local específico para a escuta especializada e o apoio de uma rede de proteção. Doze profissionais da Prefeitura de Apucarana serão capacitados e o atendimento será centralizado numa sala, na Autarquia Municipal de Saúde, que será preparada especialmente para esse tipo de escuta. O objetivo é que a criança seja ouvida uma única vez, evitando o processo de “revitimização”.
O assunto foi debatido nesta terça-feira (24/11) em reunião realizada no gabinete municipal e que contou com a presença do prefeito Junior da Femac, do juiz Oswaldo Soares Neto, diretor do Fórum da Comarca de Apucarana, do diretor-presidente da Autarquia Municipal de Saúde (AMS), Roberto Kaneta, da secretária municipal da Assistência Social, Ana Paula Nazarko, da diretora-presidente da Autarquia Municipal de Educação (AME), Marli Fernandes, e do vice-prefeito eleito, Paulo Vital.
De acordo com o prefeito Junior da Femac, a rede de proteção será constituída pelas secretarias municipais da Mulher e Assuntos da Família, Assistência Social, Educação e Saúde, além da Polícia Civil, Conselho Tutelar, da Justiça e da Promotoria da Infância e Juventude. “Será um trabalho que envolverá a Comarca de Apucarana. Além dos 12 profissionais da Prefeitura de Apucarana, também serão capacitados profissionais dos municípios de Cambira e Novo Itacolomi”, informa Junior da Femac, acrescentando que a intenção é fazer a capacitação até o final do ano e preparar o espaço da escuta especializada para que as atividades comecem a partir de janeiro.
O juiz Osvaldo Soares Neto afirma que normalmente esses casos são relatados através das escolas, em atendimentos médicos, em visitas domiciliares das equipes da área de assistência social e quando a mãe ou outro familiar faz a denúncia diretamente na delegacia. “Quando houver um relato deste tipo, a vítima será encaminhada para esse espaço que será preparado na Autarquia de Saúde. O objetivo é evitar que a criança seja ouvida várias vezes, por vários profissionais e em momentos distintos”, salienta.
Após a escuta especializada, o profissional responsável pelo atendimento irá gerar um relatório, fazendo todo o encaminhamento para a rede de proteção e também para os órgãos responsáveis por averiguar a autoria do abuso. “É de suma importância ter um interlocutor capacitado e uma sala adequada, que seja simples e ao mesmo tempo acolhedora, para fazer a escuta especializada. O objetivo é proteger as crianças e evitar que elas tenham que contar várias vezes o que aconteceu, poupando elas do processo de revitimização”, reitera o prefeito Junior da Femac.
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