Pré-candidato a deputado estadual, Alex Canziani (PSD) percorreu nesta segunda-feira (30) a região de Apucarana para conversar com lideranças políticas. Ele se licenciou do cargo de secretário de governo do prefeito de Londrina, Marcelo Belinati (PP), para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), quando fará uma “dobradinha’ com a filha Luisa Canziani (PSD). Em entrevista ao TNOnline, Alex Canziani defendeu uma política de “equilíbrio”, pautada no diálogo e na construção conjunta de projetos.
Ele, que foi deputado federal por seis mandatos, projeta uma eleição diferente neste ano, com o retorno de políticos mais “tradicionais”. Segundo Canziani, a disputa eleitoral passada foi marcada pela vitória de candidatos que adotaram um discurso crítico ao atual modelo, sem histórico eleitoral, como youtubers e muitas pessoas ligadas à área de segurança, com delegados, tenentes e coronéis, entre outros com esse perfil.
“Já houve uma mudança na eleição municipal e acho que se repetirá agora em outubro, com a volta de políticos com conhecimento e mais experiência”, diz Canziani. É nesse grupo que ele diz se situar. “Eu sempre procurei fazer a política de construção, de fazer pontes para buscar oportunidades e soluções, de construir. Tem todo jeito de se dar bem na política, há quem opte pela destruição, pelo ataque, pelas críticas... Não é uma política que eu gosto”, afirma.
Alex Canziani defende sua atuação na área da educação. Um dos responsáveis pela vinda da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) para Apucarana, o parlamentar afirma que vai seguir seu sonho de transformar a realidade da região com o conhecimento.
Segundo o ex-deputado federal¸ o Norte do Paraná tem imenso potencial nessa área, sendo um campo aberto para ações de inovação, principalmente com a instalação ao longo dos anos de pelo menos sete instituições federais de ensino superior ou ensino técnico.
Em âmbito estadual, ele vê um amplo favoritismo do governador Ratinho Junior (PSD). “Acho que tem totais chances de vencer no primeiro turno”, pontua. Já no cenário nacional, ele vê com muitas ressalvas a polarização atual entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ele é favorável a criação de uma terceira via, mas vê com pessimismo essa possibilidade. Em relação a Bolsonaro, que recebeu seu apoio na disputa passada, quando concorreu ao Senado, Canziani faz algumas críticas. “Bolsonaro teve uma chance histórica de poder fazer mais. Ele perdeu muitas oportunidades e sua postura beligerante o prejudicou muito”, diz.
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