O delegado-adjunto da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana, Felipe Ribeiro Rodrigues, confirmou nesta sexta-feira (24) que o adolescente de 15 anos apontado como principal envolvido na briga com o estudante Alekson Ricardo Kongenski, de 13 anos, se apresentou acompanhado da mãe para prestar esclarecimentos. Alekson morreu na terça-feira (21) após troca de agressões entre menores no Jardim Ponta Grossa. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) sobre a causa do óbito, no entanto, ainda não foi concluído.
O delegado não quis dar mais detalhes sobre o depoimento do adolescente de 15 anos, que foi colhido na quinta-feira (23), mas observou que não há “nenhum fato novo” no inquérito. Segundo ele, a principal linha de investigação continua sendo de que Alekson morreu após sofrer um mal súbito após o desentendimento entre os adolescentes. No entanto, ele ponderou que aguarda a finalização do laudo da causa da morte. “O médico (legista) do IML pediu exames complementares, que devem ficar prontos dentro de dez dias”, informou o delegado.
Felipe Ribeiro Rodrigues ouviu pelo menos cinco adolescentes envolvidos direta ou indiretamente na briga com Alekson, que ocorreu nas imediações do Colégio Estadual Cívico-Militar Padre José Canale, no Jardim Ponta Grossa, no início da noite de terça-feira (21). As discussões entre os menores ocorreram após o horário de aulas, envolvendo estudantes do "Padre José Canale" e também de outro colégio.
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Em entrevista ainda na quarta-feira (22), o delegado disse que a briga ocorreu por “motivos banais”, “da rotina juvenil", envolvendo diretamente Alekson e o adolescente de 15 anos ouvido nesta quinta-feira na delegacia. “Não envolveu vários contra um. Os outros estavam estimulando. E não foi usado qualquer objeto, como pau ou pedra, ou mesmo alguma arma na briga. Por isso, pelos indícios, a provável causa mortis não seja algum trauma decorrente da briga”, disse o delegado ainda na quarta-feira.
REPERCUSSÃO
A Secretaria de Estado da Educação e Esportes (Seed-PR) criou uma força-tarefa para acompanhar o caso em Apucarana. Dez psicólogos vão trabalhar na segunda-feira (27) no Colégio PadreJosé Canale, quando as aulas serão retomadas. O objetivo é dar suporte aos estudantes abalados com a morte.
Mudanças na carga horária do colégio também são discutidas, já que muitas mães reclamam da sexta aula, que obriga os alunos a saírem às 18h30.
Alekson foi sepultado nesta quinta-feira (23) no Cemitério Cristo Rei. A família do garoto conta que ele sofria de crise convulsivas e tomava medicação, mas sustenta que a morte foi decorrente da briga e aguarda também pelo desfecho das investigações.
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