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Adestradores consideram caso de pitbull “incomum”

Cão atacou e depois comeu uma cachorrinha vira-lata no último sábado em Apucarana

Da Redação

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Adestradores consideram caso de pitbull “incomum”
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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.04.2022, 15:32:12 Editado em 25.04.2022, 15:39:10
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A agressividade de um cão pitbull gerou perplexidade no último sábado (23) em Apucarana. O animal fugiu de casa e depois atacou uma cachorrinha de estimação vira-lata na rua. O pitbull comeu o “cãozinho” e ainda feriu um homem que tentou separar os cachorros. O caso foi registrado na Avenida Minas Gerais. Adestradores ouvidos pela Tribuna afirmam que o comportamento do animal “não é natural” e consideram o caso “incomum”. Veja o momento do ataque

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O ataque do pitbull ocorreu em frente a um prédio comercial com um apartamento na sobreloja. Um rapaz foi deixar a cachorrinha com a mãe que mora no endereço, porque iria viajar. Um amigo dele desceu até a rua com a cachorrinha para que ela pudesse fazer suas necessidades. Foi quando o pitbull fez o ataque. O animal foi recolhido na sequência pelos donos em uma moto.

Há dez anos atuando na área, o adestrador Adriano Martins afirma que o comportamento deste pitbull é “antinatural”. Ele disse nunca ter ouvido falar de um ataque em que um cão come o outro. “Brigas entre cães são comuns. Quando uma raça é maior que a outra, as mortes acabam ocorrendo em uma briga, mas matar e depois comer eu nunca tinha visto”, afirma.

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O adestrador observa que é preciso conhecer o histórico do animal para fazer uma avaliação mais precisa. No entanto, ele analisa que o caso pode ser de um cão que não foi socializado corretamente. “Pode ser o caso de um animal com uma rotina muito privada, sem interação com outros cães e até mesmo sem convívio com outras pessoas”, diz.

Adriano Martins considera um equívoco “estereotipar” o pitbull. “É uma raça mal compreendida. É um cachorro que tem, sim, muita força, mas é dócil com as pessoas e tem um bom comportamento quando é socializado desde cedo”, diz. Segundo ele, qualquer raça fica mais agressiva ou tem problemas de convívio se não for socializada.

O adestrador Emanuel Henrique, também de Apucarana, avalia da mesma maneira. “Não é, de forma alguma, um comportamento normal. Algo desencadeou essa reação. Pode ser algum desvio de comportamento que precisa ser analisado”, pondera.

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Segundo ele, é necessário fazer uma avaliação do histórico do cão para ter uma opinião mais precisa. O adestrador considera “pouco provável” que ele tenha atacado por fome. “O pitbull é um cachorro injustiçado. Eu, por exemplo, amo trabalhar com essa raça”. Ele afirma que todo cão do grupo “terrier” – é o caso do pitbull - é mais teimoso e com personalidade. No entanto, o tratamento dado desde cedo faz toda diferença. “Nenhum cachorro nasce malvado”, diz.

CHOQUE

Segundo a moradora do apartamento onde estava a cachorrinha que foi morta, Aparecida Campos, de 60 anos, toda a família está em choque com tudo o que ocorreu e extremamente triste com a perda da cachorrinha de estimação, chamada de Mel. Ela conta que tem uma neta de 4 anos, que sempre desce com ela até a frente do prédio e, agora, teme pela vida da menina. "A gente fica muito tensa pela perda da cachorrinha, que era a bebê da casa, mas eu temo pela vida da minha netinha de 4 anos, que sempre desce comigo aqui para dar um passeio. E se fosse uma criança?”, questiona Aparecida.

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A dona do pitbull, que prefere não se identificar, contou que mora perto de onde o ataque aconteceu e que ficou surpresa ao saber que o cão, carinhosamente chamado de Zairon, “devorou” a cachorrinha. A mulher, que tem 24 anos e trabalha como vendedora, nega que ele sofra maus-tratos. “Eu tenho dois filhos, de 8 e 4 anos, e eles se dão super bem com o Zairon, mas realmente ele tem problemas quando encontra outros animais, mas é dócil, brinca com meus filhos, fica no quintal de casa, às vezes nem late. Eu dou ração certinho, quando saímos para passear com ele, usamos focinheira. Para nós, foi uma surpresa tudo isso que aconteceu”. A apucaranense contou que adotou o pitbull e que vai procurar a delegacia para prestar esclarecimentos.

Por Fernando Klein e Silvia Vilarinho

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