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CRIME DE MAUS-TRATOS

Abandono de animais dispara em dezembro em Apucarana

Falta de planejamento financeiro e despreparo para lidar com a bagunça leva famílias a descartarem animais nas ruas, o que configura crime

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O fim do ano trouxe um cenário alarmante para a proteção animal em Apucarana. O Centro Municipal de Saúde Animal (Cemsa) registrou um aumento expressivo no número de abandonos em dezembro. Segundo a coordenação do órgão, a média de ocorrências, que durante o ano gira em torno de um caso a cada 15 dias, saltou para um abandono por dia neste mês. Assista o vídeo acima.

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O principal motivo apontado para o crescimento dos casos é o período de férias. Muitas famílias viajam para as festas de fim de ano e, sem planejamento ou local para deixar os animais de estimação, acabam abandonando-os nas ruas. O aumento na demanda colide com a realidade física do Cemsa, que opera muito acima de seu limite. Projetado para abrigar 70 animais, o local conta atualmente com 190 — quase o triplo da capacidade suportada.

Critérios rigorosos para recolhimento

Fernando Felipe, biólogo e coordenador do Cemsa, explica que o órgão segue estritamente a legislação municipal, recolhendo apenas animais em estado de urgência (doentes ou atropelados). A recusa em receber animais saudáveis ou entregues pelos próprios donos é uma medida de segurança sanitária e física para os próprios bichos.

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"Se pegarmos qualquer cachorro estaremos colocando esse animal em risco de morte. Ao inserir um novo cão em uma baia já superlotada, os outros animais não o aceitam e ocorrem brigas fatais", alerta Felipe.

O coordenador é enfático ao descrever a gravidade da superlotação: "Nessas condições, o cachorro tem mais chance de sobreviver na rua do que dentro do canil superlotado. Somos criteriosos porque sabemos que o animal pode ser gravemente ferido ou morto se for forçado a conviver em um espaço sem a estrutura adequada", completa.

Realidade imediata

A rotina de abandonos é constante. Durante a entrevista concedida ao TNOnline, o coordenador relatou sobre a chegada de um morador tentando deixar um cachorro adulto e dois filhotes que, segundo ele, haviam sido abandonados na rua. Devido à falta absoluta de vagas, os animais não puderam ser recolhidos e o munícipe se comprometeu a monitorá-los no próprio local onde foram encontrados.

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"É uma situação grave. Não tem onde colocar esses cachorros e não tem quem adote. Estamos fazendo uma campanha contra o abandono, porque a realidade é complicada", finaliza o coordenador.

Orientações

Segundo Felipe, a equação para a posse responsável começa muito antes da chegada do animal em casa. É necessário tratar a adoção como um investimento de longo prazo que exige orçamento robusto. "A pessoa pega o animal sem noção nenhuma do que é ter um animal de estimação e dos gastos envolvidos. Antes de decidir, vá ao veterinário, cote o preço de uma cirurgia, de vacinas e o custo mensal da ração", orienta.

O alerta final recai sobre a responsabilidade legal. Felipe reforça que, uma vez tutelado, o animal é responsabilidade exclusiva do proprietário. A ideia de que abrigos públicos ou ONGs irão recolher um animal porque o dono "cansou" ou "não tem mais dinheiro" é ilusória, visto que o sistema já opera acima da capacidade.

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"Não vai ter quem recolha. E se a opção da pessoa for soltar na rua, ela poderá ser denunciada e responder criminalmente por maus-tratos. Pense bem antes, para não arcar com consequências judiciais depois", finaliza.



							Abandono de animais dispara em dezembro em Apucarana
AutorO número de abandonos subiu consideravelmente em dezembro - Foto: Lis Kato


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