13º salário vai movimentar R$ 307 milhões em Apucarana e Arapongas
Pagamento do 13º salário impulsiona economia local e supera valor do ano passado
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Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que o pagamento do 13º salário deve injetar mais de R$ 307 milhões na economia de Apucarana e Arapongas neste ano. O abono corresponde a um aumento de 63% em comparação com o ano passado e beneficiará 85.328 trabalhadores formais nos dois municípios e mais de 2,9 milhões em todo o Paraná.
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A maior fatia será paga em Arapongas a 43.876 trabalhadores com carteira assinada que receberão em média R$ 3.628,95, movimentando um total de R$ 159.223.744, valor 50% maior que no ano anterior. Em Apucarana, 41.452 empregados formais receberão o abono anual no valor médio de R$ 3.577,83, injetando um volume total de R$ 148.308.312.
O valor supera o ano anterior em 81%. Para o cálculo o Dieese leva em conta dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego. No caso da Rais, o Dieese considerou todos os assalariados com carteira assinada, empregados no mercado formal, no setor público (celetistas ou estatutários) e privado, que trabalhavam em dezembro de 2023, acrescido do saldo do Caged de janeiro de 2024 a setembro de 2025. Estão fora dos cálculos empregados domésticos com carteira assinada, aposentados e pensionistas.
Para o economista e secretário Municipal da Fazenda de Apucarana, Rogério Ribeiro, o grande volume de dinheiro injetado na economia local gera expectativa de aumento do nível de consumo nesse fim de ano. Contudo, considerando o nível de endividamento das famílias, também é esperado que o abono seja utilizado para quitar débitos e para reservas voltadas ao pagamento de despesas de início de ano, tais como IPVA, material escolar, IPTU, entre outras.
“No primeiro caso, do endividamento, acredito que muitas pessoas deverão quitar ou renegociar suas dívidas para ficarem adimplentes. Já no segundo caso, o nível de reserva irá diminuir com a redução no IPVA promovida pelo Governo do Estado e também por conta da ação da Prefeitura Municipal em distribuir os uniformes com tênis e mochilas inclusos e o material escolar”, analisa.
Segundo o secretário, parte do dinheiro injetado na economia local vem do pagamento da segunda parcela do abono dos servidores públicos municipais. “Os servidores municipais receberão metade do 13º salário agora no início de dezembro, pois a outra metade foi paga em julho. Do total estimado, o equivalente aos servidores municipais atingirá os R$ 13 milhões”, informa Ribeiro.
Em relação ao aumento na massa salarial, o economista analisa que atualmente muitas categorias estão conseguindo aumentos reais, o que contribui para um crescimento “mais vigoroso” da massa salarial. “Também temos que considerar o aumento do nível de emprego”, aponta Rogério.
A presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Apucarana (Sivana), Aída Assunção, afirma que os lojistas estão otimistas e espera que o dinheiro seja injetado na economia local. “É o momento que todos os lojistas esperam para que possa fortalecer, especialmente o comércio, que é a época dos presentes e da alegria. Todos estão na expectativa e mais do que nunca tendo esses valores mais expressivos sendo injetados na economia e no nosso município”, pontua.
ARAPONGAS
O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Arapongas (Acia), Anderson Molina, credita o expressivo aumento de 50% no valor total que será injetado no município ao crescimento no número de trabalhadores com carteira assinada. “O mercado de trabalho local continua bastante aquecido. É comum vermos, tanto no comércio quanto nas indústrias, comunicados divulgando vagas de trabalho”, destaca.
“Historicamente a população usa a primeira parcela do décimo terceiro para quitar suas dívidas ou poupar. Já a segunda parcela é direcionada para as compras, principalmente as compras de Natal, o que dá um ânimo enorme para o comércio”, comenta.
ESTUDO
Para o cálculo do impacto, o Dieese leva em conta dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego. No caso da RAIS, o Dieese considerou todos os assalariados com carteira assinada, empregados no mercado formal, no setor público (celetistas ou estatutários) e privado, que trabalhavam em dezembro de 2023, acrescido do saldo do Caged de janeiro de 2024 a setembro de 2025.
Em função da não disponibilidade de informações para o nível geográfico municipal, não foram considerados nos cálculos os seguintes segmentos: empregados domésticos com carteira assinada; beneficiários – aposentados e pensionistas – do Regime Geral de Previdência Nacional (RGPS) do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS); e aposentados e pensionistas pelos Regimes Próprio de Previdência Social (RPPSs) da União, Estado e dos municípios. Para efeito do cálculo, o Dieese não leva em conta os autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho, que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano, nem os valores envolvidos nesses abonos, uma vez que esses dados são de difícil mensuração. Além disso, não há distinção dos casos de categorias que recebem ao menos parte do 13º antecipadamente, por definição, por exemplo, de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) ou Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
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