Inovação já não é mais uma escolha para a indústria — é uma condição para crescer, competir e sobreviver em um mercado que muda a cada dia. E Apucarana, com sua forte base industrial, tem dado passos consistentes para transformar desafios em oportunidades, por meio da articulação entre empresas, instituições de ensino, entidades e poder público.
Um exemplo desse movimento é o processo de construção da Indicação Geográfica (IG) do Boné de Apucarana. Mais do que um selo, essa conquista — ainda em andamento — representa o reconhecimento de uma identidade produtiva única, que valoriza a tradição local e, ao mesmo tempo, exige inovação constante em processos, produtos e posicionamento de mercado.
Outro avanço importante é o Centro de Inovação da Confecção, uma iniciativa do SIVALE com apoio de diversos parceiros. O espaço tem funcionado como um verdadeiro laboratório de ideias, conectando empresários da confecção com soluções inovadoras, novas tecnologias e estratégias de mercado. É um ambiente criado para provocar a mudança e preparar as empresas para o futuro.
A UTFPR, por meio do seu Centro de Inovação Têxtil, também tem um papel estratégico nesse cenário. O centro tem se dedicado à pesquisa aplicada, ao desenvolvimento de produtos e à integração com o setor produtivo, aproximando o conhecimento acadêmico das reais necessidades da indústria.
Tudo isso faz parte de algo ainda maior: o fortalecimento do Ecossistema de Inovação Conecta Apucarana, que tem como missão articular, conectar e acelerar ações de inovação em toda a cidade. O Conecta é mais do que um projeto — é uma visão de futuro que entende que inovação não nasce de forma isolada, mas em rede, com colaboração e propósito.
Inovar, no contexto industrial, não se resume à adoção de tecnologia. É também sobre melhorar processos, desenvolver pessoas, repensar modelos de negócio, buscar eficiência e, principalmente, gerar valor. E quando há união entre o setor produtivo, a academia, entidades e governo, a inovação deixa de ser um discurso e passa a ser prática.
Apucarana está se colocando nesse caminho. Ainda há muito a fazer, é verdade. Mas os passos dados mostram que é possível construir uma indústria mais forte, mais competitiva e mais preparada para o que vem pela frente — sem perder a essência do que somos.
Inovar na indústria é investir no presente para colher um futuro mais próspero. E aqui, esse futuro já começou a ser desenhado.