Inovar não é mais privilégio apenas das grandes empresas. Em 2025, o Brasil terá à disposição cerca de R$ 30 bilhões para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), por meio de fundos públicos e privados. Esse montante representa uma oportunidade valiosa para empresas, startups e novos negócios no Vale do Ivaí.
A Fundação Araucária (PR) oferece programas como Centelha PR, Sinapse e Tecnova, com apoio de até R$ 60 mil por projeto, além de mentorias, capacitação e articulação institucional. Em seis anos, foram investidos cerca de R$ 300 milhões nessas iniciativas. Há também a linha PRIME, que concede até R$ 100 mil para transformar patentes em negócios. As inscrições são feitas pelo site da Fundação ou em polos regionais.
No plano federal, a Finep lidera o programa “Mais Inovação” (Nova Indústria Brasil), com 11 chamadas voltadas à agroindústria sustentável, saúde, semicondutores, bioeconomia e tecnologia digital, totalizando cerca de R$ 2,18 bilhões. Em parceria com o BNDES, lançou edital de R$ 3 bilhões para criação e expansão de centros de PD&I, com recebem propostas que superam os R$ 57 bilhões.
A Finep também disponibiliza linhas contínuas como Inovacred (crédito de até R$ 150 mil), Tecnova (subvenção para projetos de risco tecnológico) e Finep Startup, com aporte de até R$ 1,5 milhão e até R$ 2,2 milhões para projetos vinculados à Rota 2030.
O Sebrae, por meio de Sebraetec, InovAtiva Hub e Catalisa ICT, oferece orientação, capacitação e acesso a redes nacionais e internacionais. Já o Banco do Nordeste, por meio do FNE Inovação, financia projetos voltados à inovação em produtos e processos, modelo este que pode inspirar adaptações no Sul do país. Plataformas como a CAPTA divulgam editais permanentes com foco em impacto social e ambiental, como os do Instituto Claro e The Awesome Foundation.
Esses recursos trazem vantagens concretas para os pequenos negócios: permitem criar protótipos, digitalizar processos e lançar produtos sem desequilibrar o fluxo de caixa; fortalecem a equipe com capacitação e parcerias; e estimulam uma cultura de inovação, por meio de ciclos de testes e aprimoramentos gerando vantagem competitiva sustentável.
No Vale do Ivaí, cuja economia abrange uma diversidade econômica em diferentes setores, esse momento pode impulsionar a construção de um ecossistema regional realmente inovador. A união entre empresas, universidades, Sebrae e prefeitura pode fomentar clusters voltados à logística, produtividade, tecnologia e sustentabilidade, consolidando a região como destaque estadual.
Com R$ 30 bilhões em PD&I previstos para 2025, além das linhas da Finep, BNDES, Araucária, Sebrae e FNE, entre outros, este é o momento ideal para estruturar projetos inovadores. Esses instrumentos não representam apenas financiamento: são alavancas para planejamento de longo prazo, expansão nacional e construção de vantagem competitiva duradoura.
Fomento não é custo: é investimento no futuro. Ao aproveitar as fontes disponíveis, as empresas do Vale do Ivaí ganham visibilidade, capacidade técnica, acesso ao mercado e consolidam uma cultura de inovação que as transforma de coadjuvantes em protagonistas do desenvolvimento regional.