LEI MAGÓ

Câmara de Mandaguari aprova lei de combate à violência contra a mulher

Lei homenageia bailarina de Maringá assassinada em janeiro no município

Da Redação ·
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O combate à violência contra a mulher ganhou, nesta semana, mais um reforço no município de Mandaguari. É que a Câmara aprovou na sessão ordinária da última segunda-feira (11) o Projeto de Lei nº 008/2020, de autoria do vereador presidente Hudson Guimarães, que institui a campanha municipal pela valorização do gênero feminino.

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Denominada Lei Magó, em homenagem à jovem bailarina e atriz morta no território do município no início deste ano, a legislação institui a data 25 de janeiro como o Dia Municipal de Luta e Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e suas Famílias. Além disso, estabelece uma série de medidas a serem desenvolvidas permanentemente, como uma Caminhada Anual e ações sociais e educativas com diferentes públicos e recursos, para informar, conscientizar e mobilizar a população contra o problema.

“Não podemos fechar os olhos para isso. No Brasil, a cada sete horas, uma mulher é vítima de feminicídio. E o crime bárbaro que ocorreu em nosso município é uma triste prova de que essa situação está bem próxima a nós”, comentou o signatário do projeto, vereador presidente Hudson Guimarães. “A sensação que eu tinha era a de que Mandaguari estava com uma mancha, por causa desse crime. Com essa lei, poderemos transformar esse acontecimento repudiável em um marco de luta e salvar outras mulheres”, completou.

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De acordo com a presidente do Conselho dos Direitos da Mulher de Mandaguari, Oriana Perin, os dados no município ainda são preocupantes. “Aqui em nossa cidade, até o ano passado, tínhamos uma média de um caso de violência a cada dois dias, o que já é um número alto, principalmente se considerarmos que muitas pessoas não denunciam. E essa situação tem aumentado, principalmente neste momento de distanciamento social. Por isso a necessidade de uma política pública eficaz”, explicou.

O pai da homenageada, Mauricio Borges, parabenizou a Câmara e agradeceu aos vereadores pela aprovação da lei. “Vocês estão, na realidade, valorizando o legado da Magó. Ela se importava muito mais com as outras pessoas do que com ela mesma. E essa ação de trazer informação para as pessoas contribui para que outras mulheres não sofram o que ela sofreu”, ressaltou.

 

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MAGÓ

A bailarina Maria Glória Poltronieri Borges, de 25 anos, foi encontrada morta nas proximidades de uma cachoeira no município de Mandaguari, no dia 26 de janeiro de 2020. O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) comprovou que a jovem foi abusada sexualmente e morta por asfixia – causada por estrangulamento com uma peça de roupa íntima. O crime bárbaro comoveu pessoas de todo o país e a imagem de Magó passou a representar a luta pela valorização do gênero feminino e contra os diversos tipos de violência que as mulheres sofrem diariamente. 

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