O Brasil pode sofrer com um desabastecimento de combustíveis a partir de novembro, segundo a Petrobras. A empresa confirmou que não poderá atender a demanda de fornecimento de combustíveis para novembro. Por conta disto, distribuidoras e agentes do mercado fizeram um alerta para o risco de desabastecimento de gasolina e diesel no país.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), não deve existir falta de combustíveis "nesse momento". A ANP alegou que irá adotar, se for preciso, medidas para "mitigar desvios e reduzir riscos".
Entretanto, conforme especialistas do setor, há um risco potencial de desabastecimento. Além disso, os preços devem subir ainda mais nas bombas, pois o Brasil não produz o volume de combustíveis necessário para o abastecimento do país.
Por meio de uma nota, a empresa disse que recebeu uma "demanda atípica" de pedidos de fornecimento de combustíveis para o próximo mês, muito acima dos meses anteriores e de sua capacidade de produção, e que apenas com muita antecedência conseguiria se programar para atendê-los. A estatal destacou, no entanto, que está maximizando sua produção e entregas, "operando com elevada utilização de suas refinarias".
A Associação das Distribuidoras de Combustíveis Brasilcom – que representa mais de 40 distribuidoras regionais de combustíveis – disse que, em alguns casos, os cortes cortes unilaterais da Petrobras chegaram a mais de 50% do volume solicitado para compra, o que coloca o país em "situação de potencial desabastecimento".
A Vibra - antiga BR Distribuidora - informou que o anúncio da Petrobras não vai impactar a entrega de combustíveis para a sua rede de postos e clientes. "A Vibra é hoje o maior importador de combustíveis do país e já tomou as providências para garantir o fornecimento aos seus clientes, não havendo risco de desabastecimento", garantiu a companhia.
Já o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) afirmou, em nota, que o alinhamento de preços domésticos ao mercado internacional é o "mecanismo necessário para garantir o abastecimento do mercado brasileiro de combustíveis" e evitar um "um impacto eventual no suprimento de produtos".
Fonte: G1.
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