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OMS decreta fim da pandemia de Covid-19 em todo mundo

A crise que abalou famílias, sonhos, economias e projetos. Foi a maior pandemia em cem anos

Da Redação

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Depois de pouco mais de três anos
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Depois de pouco mais de três anos
Escrito por Da Redação
Publicado em 05.05.2023, 10:40:32 Editado em 05.05.2023, 10:40:28
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Depois de pouco mais de três anos, trilhões de dólares em perdas e milhões de mortos, a emergência internacional causada pela covid-19 chega ao fim, uma data que entra para a história recente da ciência e do mundo.

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Nesta sexta-feira (5) a OMS anunciou que seus especialistas chegaram à conclusão de que o vírus não representa mais uma ameaça sanitária internacional e que, portanto, a pandemia é oficialmente declarada como encerrada. A crise que abalou famílias, sonhos, economias e projetos foi a maior pandemia em cem anos. As informações são do UOL.

A emergência havia sido declarada no final de janeiro de 2020, quando pouco mais de cem casos tinham sido registrados e casos sequer tinham oficialmente chegado às Américas. Nenhuma morte havia sido oficialmente declarada.

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Hoje, os cálculos apontam que cerca de 20 milhões de pessoas morreram desde aquele momento, com quase 800 milhões de pessoas oficialmente contaminadas.

O vírus, cuja origem até hoje é fonte de mistério, foi responsável por uma explosão sem precedentes da pobreza e desemprego no mundo, desmontando 30 anos de avanços sociais. As perdas econômicas atingiram trilhões de dólares, enquanto a própria realidade política de diversos países foi profundamente alterada.

A covid-19 zombou de fronteiras, de ideologias e da postura de líderes supostamente "fortes" que se recusavam a aceitar a gravidade da crise. "Ninguém estava preparado", disse Jarbas Barbosa, diretor-geral da OPAS (Organização Pan-americana de Saúde).

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Ao longo de três anos, o vírus, a vacina, a ciência, as máscaras, os tratamentos, o isolamento social e até os sobreviventes foram politizados.

No Brasil, diante de um governo que adotou uma postura negacionista, a doença matou mais de 700 mil pessoas e o país esteve entre os locais de maior contaminação no mundo.

- LEIA MAIS: Combate às notícias falsas é desafio para próxima pandemia

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Se governos em várias partes do mundo já tinham encerrado a fase de emergência, a OMS ainda insistia que não era o momento de dar fim à declaração. O temor da instituição é de que, sem uma pandemia, governos vão reduzir investimentos e o monitoramento da doença, além do sequenciamento de amostras e a identificação de novas variantes.

Ainda assim, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, decidiu seguir a recomendação dos especialistas e decretar o fim da emergência.

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Atraso de um ano e vírus que não desaparecerá

O anúncio acontece com um ano de atraso, em comparação ao que a OMS esperava. Nos primeiros meses da crise, em 2020, a previsão da agência era de que, até 2022, a pandemia perderia força. Mas, em 2021, a segunda onda da doença foi ainda mais violenta que a primeira. Já as vacinas, produzidas em tempo recorde, levaram meses para serem distribuídas aos países mais pobres.

Para a cúpula da OMS, essa concentração de doses nas mãos de poucos países no início da imunização foi um dos legados mais dolorosos da crise e um exemplo do fracasso da comunidade internacional.

Apesar de declarar o fim da emergência, a OMS deixou claro que a medida não significa que a covid-19 desapareceu. A entidade insiste que os sistemas de saúde terão conviver com a presença da doença e lidar com ela de maneira permanente.

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Ao abrir o encontro nesta quinta-feira, Tedros afirmou que é "muito bom ver que a tendência de queda (de casos) continua". "Em cada uma das últimas 10 semanas, o número de mortes registradas semanalmente foi o menor desde março de 2020", comemorou.

"Essa tendência sustentada permitiu que a vida voltasse ao "normal" na maioria dos países e aumentou a capacidade dos sistemas de saúde de lidar com possíveis ressurgimentos e com o ônus da condição pós-covid-19", disse.

"Ao mesmo tempo, persistem algumas incertezas críticas sobre a evolução do vírus, o que dificulta a previsão da dinâmica ou sazonalidade da transmissão futura. A vigilância e o sequenciamento genético diminuíram significativamente em todo o mundo, tornando mais difícil rastrear variantes conhecidas e detectar novas variantes", alertou.

Segundo ele, as desigualdades no acesso a intervenções que salvam vidas também continuam a colocar milhões de pessoas em todo o mundo em risco desnecessário, principalmente as mais vulneráveis.

"E a fadiga da pandemia ameaça a todos nós. Todos nós estamos doentes e cansados dessa pandemia e queremos deixá-la para trás", afirmou. "Mas esse vírus veio para ficar, e todos os países precisarão aprender a gerenciá-lo juntamente com outras doenças infecciosas", completou

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