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Miliciano mais procurado do Rio é alvo de ação; Polícia não confirma morte

O miliciano mais procurado do Rio, Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko, foi alvo de uma operação policial na manhã deste sábado, 12. A Polícia Civil informou inicialmente que Ecko foi preso, mas, segundo a TV Globo, o miliciano teria sido balea

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.06.2021, 12:25:00 Editado em 12.06.2021, 12:33:07
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O miliciano mais procurado do Rio, Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko, foi alvo de uma operação policial na manhã deste sábado, 12. A Polícia Civil informou inicialmente que Ecko foi preso, mas, segundo a TV Globo, o miliciano teria sido baleado e morreu.

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Nas redes sociais, o governador Cláudio Castro (PL) disse que a operação foi um "golpe duro nas facções criminosas do Estado". "Hoje é um dia importante. Demos um golpe duro nas facções criminosas do Estado. Parabéns, Polícia Civil, pela operação cirúrgica e sigilosa que capturou o Ecko, miliciano mais procurado do Brasil", escreveu Castro, em sua conta no Twitter, sem confirmar a morte do miliciano na operação.

Ecko teve prisão preventiva decretada em fevereiro de 2019. O Disque Denúncia, entidade sem fins lucrativos que recebe denúncias anônimas por telefone, oferecia uma recompensa de R$ 10 mil por informações que levassem a sua captura.

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No pedido de prisão de 2019, o grupo de Ecko é descrito como "organização criminosa" com "estrutura ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas". A atuação do Bonde do Ecko se espalha por um grande território da zona oeste da capital, em bairros como Santa Cruz, Campo Grande, Cosmos, Paciência e Sepetiba, e chegou a outras cidades da região metropolitana, como Itaguaí, Nova Iguaçu e Seropédica.

Investigações passadas mostram que o Bonde do Ecko é sucessor da Liga da Justiça, uma das mais antigas milícias do Rio, desde que esses grupos majoritariamente formados por policiais militares, bombeiros e homens egressos dessas forças de segurança passaram a se organizar como tal no início dos anos 2000.

Os irmãos e ex-policiais Natalino e Jerominho Guimarães, ex-deputado estadual e ex-vereador, respectivamente, são acusados de fundar a Liga da Justiça. Presos, ficaram 11 anos na cadeia, até serem soltos em 2018. Com a prisão dos irmãos ex-policiais, entre 2007 e 2008, a Liga da Justiça deu os primeiros passos rumo uma associação com traficantes de drogas, uma virada na forma de atuar desses grupos.

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Na origem, no início dos anos 2000, as milícias ficaram conhecidas por formar grupos armados que combatiam os traficantes nas favelas, especialmente na zona oeste, e passavam a dominar as localidades, com poder armado. Por um lado, ofereceriam segurança aos moradores. Por outro, controlariam atividades ilegais como transporte clandestino por vans, venda de botijão de gás, acesso a TV a cabo e internet clandestina.

O estudo Mapa dos Grupos Armados do Rio de Janeiro, divulgado em outubro do ano passado, apontou que grupos milicianos do Rio já controlam 57% do território da capital fluminense. As três facções do tráfico carioca têm, somadas, o domínio de 15%. O levantamento foi feito por meio de uma parceria entre o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da UFF, o Núcleo de Estudos da Violência da USP, o Disque-Denúncia e as plataformas Fogo Cruzado e Pista News.

A associação com o tráfico começou com a entrada de traficantes na Liga da Justiça. Considerado hoje o grupo miliciano mais forte do Rio, o Bonde do Ecko é uma espécie de continuação da Liga da Justiça e já expandiu sua atuação para municípios da região metropolitana, principalmente na Baixada Fluminense.

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